sexta-feira, 29 de julho de 2016

REUNIÃO DE COORDENADORES DE NÚCLEOS DE EVANGELIZAÇÃO DA PASTORAL CARCERÁRIA

   No dia 30 de julho (sábado) esta previsto uma reunião com coordenadores de núcleos de evangelização da pastoral carcerária dos respectivos presídios: Copajaf, Cadeião, Prefem, HCTP, Copemcan, etc; bem como todo colegiado: Formadores, diretor espiritual, secretária, tesoureiro (a), assessores, coordenador arquidiocesano. Será realizada no SEMINÁRIO MAIOR NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, no Lamarão, das 9 as 11 horas. Desde já rogamos a Deus as bênçãos sobre cada um e contamos com a sua valiosa presença. 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Testemunho de um ex-detento... Vale a pena ler.

CLEUBERT GUALBERTO DE OLIVEIRA
____ Sou o filho mais novo de uma família de quatro irmãos e tinha uma vida tranqüila até o ano de 1995 quando tinha 17 anos. Nesta época como todo adolescente, tinha vários relacionamentos afetivos, até que conheci uma mulher mais velha que eu uns 10 anos. Foi um relacionamento conturbado, difícil e complexo. Ela tinha outros envolvimentos e por causa de um destes relacionamentos, tudo se transformou. Um de seus amantes tentou me matar, mas no momento do crime, acabou matando o meu irmão mais velho que eu tanto amava. Fiquei muito revoltado com a vida e com as pessoas.
____ Há alguns anos atrás, antes deste fato, eu já havia conhecido algumas drogas, caminho que agora eu entrava completamente. Comecei a usar drogas pesadas e muita bebida.
____ Após a morte do meu irmão, meus pais se separaram. A propósito, eles já viviam uma vida de conflitos. Ambos eram alcoólatras, e neste momento de grande dor na família, não suportaram as dificuldades e acabaram se separando.
____ Fui viver com a minha mãe, e era difícil conviver com ela, pois estava completamente envolvida com as bebidas. Acabei indo morar sozinho, ocasião em que me iniciei na vida do crime. Cometi vários assaltos à mão armada, e afundei-me nas drogas. Minha vida não tinha mais sentido. Viver ou morrer era mesma coisa.
____ Depois de três anos fui preso em flagrante e levado à prisão pela primeira vez. Condenado a 6 anos e 15 dias de reclusão, comecei a conhecer o inferno. Fui torturado e tratado como um lixo, mas o pior estava por vir. Poucos dias após a minha prisão teve uma rebelião na cadeia onde eu me encontrava. Detonamos tudo.
____ Quebrar as portas e romper as grades era uma forma de vomitar todo o ódio que estava acumulado dentro de nós. O resultado foi a minha transferência para um presídio onde cumpri oito meses de minha condenação. Ali presenciei várias mortes. Alguns morreram por causa de drogas e outros por causas banais. Ali se morria por um simples pedaço de pão. Eu não tinha nenhuma esperança de vida e pensava que ali eu iria cumprir o restante de minha pena. Os dias de visitas no presídio eram um grande sofrimento. Esperava com expectativas a presença de meus familiares, sobretudo minha mãe e meu pai. Minha mãe, apesar das dificuldades sempre aparecia, mas o meu pai, nunca me visitou no presídio. Isto me fazia sofrer muito. Me deixava ainda mais revoltado, alimentando o propósito constante de cometer novos crimes assim que alcançasse a liberdade.
____ Mas Deus tinha um projeto em minha vida.
____ Como eu havia cometido meu ultimo delito em Itaúna, pra lá eu tinha esperança de ser transferido, pois já tinha ouvido falar na APAC (ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AO CONDENADO), um presídio sem polícia e com oportunidades de recuperação.
____ No dia 31 Dezembro de 1998, véspera de ano novo, Deus me concedeu a graça de chegar na APAC. Ali, tão logo cheguei, me senti muito bem. A ausência de policiais, o respeito que recebi dos voluntários, a amizade dos colegas de prisão me deram a certeza de que eu poderia me recuperar. Foi quando eu tomei a decisão de deixar as drogas e romper definitivamente com a vida do crime. Mas eu era muito fraco. O tempo todo se falava em Deus na APAC, mas eu ainda não havia sentido a sua presença em minha vida, e por isto continuava dividido entre o mundo do crime e uma vida nova. Isto durou praticamente um ano.
____ Em Novembro de 1999, começou uma grande confusão na APAC. Falaram que era a Jornada de Libertação com Cristo. Eu ficava pensando: o que seria isto? Foi então que tudo mudou em minha vida. Durante três dias me revelaram Deus, me falaram que eu podia ser feliz, que eu não era bandido. Isto me assustou, pois era a primeira vez que me diziam que eu não era bandido.Que eu poderia voltar à sociedade, ter uma família, emprego, voltar a estudar. Mas de tudo o que eu ouvi naqueles dias, o que mais me marcou foram os testemunhos de ex.recuperandos. Eu vi como a vida de vários companheiros tinha mudado, e por isto a minha vida também podia mudar a partir de uma decisão de vida.
____ E tudo isto se confirmou no final da Jornada. Após a entrega dos certificados, fomos todos para o pátio de visitas, cada um aguardando a chegada dos seus familiares. Havia um fundo musical sendo tocado: oração da família de Pe.Zezinho. Eu via os parentes dos meus companheiros chegando. Era um momento de muita emoção e expectativa. De repente eu vi quando chegou minha mãe, irmãs, sobrinhos, cunhados e o meu querido pai que há tanto tempo eu não via. Então eu vi que eu não estava sozinho. Que era amado e estimado pelas pessoas mais importantes.Vi que apesar de ingrato e grande pecador, Deus me devolveu a família e a possibilidade de viver novamente com meus entes mais queridos.
____ Com a graça de Deus, passados cinco meses obtive meu livramento condicional, cuja noticia chegou ao final de uma celebração eucarística, realizada no regime fechado da APAC.
____ Hoje, me encontro completamente livre das drogas. Trabalho como educador em um centro de recuperação para menores infratores. Retomei os estudos. Voltei a morar com minha mãe, que hoje se encontra em tratamento para se livrar do alcoolismo. No primeiro semestre de 2003, Deus me reservou mais um presente: obtive meu Indulto natalino, e hoje me encontro totalmente livre, pronto para continuar a viver e a sonhar.
Cleubert Gualberto de Oliveira
Ex recuperando da APAC
Retirado do blog: http://interessepublicocoletivopaula1sem2011.blogspot.com.br/2011/05/testemunhos-de-ex-detentos-recuperados.html

Pastoral Carcerária: NOSSA FAMÍLIA.

      O próprio Jesus nos chama a cada vez mais viver as obras de misericórdia, e uma delas (corporal) nos diz: - Visitar os encarcerados. Esse belíssimo trabalho de evangelização dos irmãos que estão nos presídios é realizado por esta família chamada PASTORAL CARCERÁRIA; pessoas que se dedicam ao projeto de Deus, obedecendo ao convite feito por Ele. Olhar Cristo no irmão é nosso desafio e nos torna mais santos. VENHA FAZER PARTE CONOSCO!